Semana passada saí do cinema orgulhosa dos filmes brasileiros. Fui assistir À Deriva, do pernambucano Heitor Dhalia e me encantei. A história é de uma sensibilidade sublime e a primeira coisa que me chamou atenção foi a forma como a realidade dos anos 80 foi retratada. Sem glamour, sem brilho ofuscante, sem perfeição, real e bela. O brilho era do sol, do mar e das cores em seu estado natural.
Nada era adocicado, o não dito estava tão presente quanto na vida e nas relações que temos. Não dizer para não ferir, para não ser ferido, para não ser julgado e condenado. Não importa se é um adolescente ou uma mulher madura, a vida é cheia de incertezas.
Débora Bloch sempre me impressionou com sua beleza autêntica e nesse filme ela era uma mulher madura muito real e magnética. A adolescente Filipa era uma menina bonita e comum. Os gestos, o comportamento das pessoas, as falas eram muito plausíveis e próximas da realidade, pelo menos da minha.
O lugar onde as filmagens foram feitas também é naturalmente lindo. Cheio de mato, mar e pedras, uma paisagem bem brasileira e as casas são próximas do que vemos por aí. É possível ver o filme e sentir vontade de estar naquela praia, com a vantagem que Búzios fica pertinho daqui.
No blog oficial há um texto e vídeo legal sobre a estética dos anos 80 no filme.
3 comentários:
Eu só precisava deste empurrãozinho...
fiquei à deriva mesmo...
:)
vou ver.
bj
Adorei o layout novo (:
Postar um comentário