quarta-feira, 22 de abril de 2009

O leitor

















Esse não foi o primeiro... Caráter também me chocou pelo mesmo motivo...
Nesses filmes tenho vontade de pular na tela e sacudir uns e outros personagens dizendo: tenta falar! Tenta conversar! Por que você não fala!? Pelo amor de Deus e dos homens! Conversem! Não silenciem. Quanta frieza nas relações, não por falta de sentimentos, não por insensibilidade, talvez ao contrário... por pura falta de diálogo.

Há uma música da Legião Urbana que mexe muito comigo – Metal Contra as Nuvens – e nela tem a seguinte estrofe:

“E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.”


Volto constantemente a ela, não me sinto muito prudente, falo de tudo para as pessoas. Claro que tenho meus segredos, mas são daqueles que não repetimos nem para o espelho. No geral, sou muito transparente. Às vezes penso que deveria ser mais reservada... mas acho que essa reserva é a fonte de muitos males. No filme O Leitor, creio que foi.

A frieza congela o coração de quem recebe o gelo e assim há um resfriamento em cadeia. A falta de afeto de um e a incompreensão da rejeição por parte do outro, gera um aprisionamento dos sentimentos, constrói uma muralha em torno do coração. Descapacita-se o outro para amar. E tudo que precisamos é de amor, compreensão e aceitação.

Um comentário:

- cleber . disse...

Bela adaptação, e a junção de atuação, direção e uma ótima tecnica fazem deste ... o segundo melhor filme do ano!