quarta-feira, 27 de maio de 2009

Incômodo Manero








A luz se acende no fundo do cenário da retina, todos os brilhos, as cores e sorrisos, movimentos, tudo é tão perfeito que caímos no pecado original do desejo de ser a própria perfeição, ser deus. Quando essa luz se acende nossos desejos salivam como uma besta e os olhos param hipinotizados por essa imagem. Não vemos nada além dela. Olhamos o espelho e já não vemos nosso reflexo, mas aquela imagem iluminada de tudo que queríamos ser... deuses perfeitos feito cinema, novela e foto de revista.

Quando essa luz se acende já não somos nós. Tony, você é maneiro demais!
Acende-se a luz, fecha-se a cortina e lá fora a vida passa empoeirada, suja e feia como sempre foi. Mas Tony é maneiro, alucinante, hipinótico. Já não somos nós por livre iniciativa. Somos ele, Manero.

Quantos brilhos bailam diante da mente imaginada, enquanto o rolo da vida não para de rodar. Não para! E mesmo que o espelho nos mostre não vemos o ridículo que se reflete, porque a p* da projeção do filme também não para de rodar. Lá dentro, na nossa imaginação.

Tony, eu também sou maneira!

Site oficial do filme

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero muito conferir esse filme!