quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Meu nome não é 171

Essa história dava um caldo melhor..












Meu nome não é Johnny
parece ingênuo como os meus anos 80. Espero que os jovens de hoje não se deixem levar por esse conto da Carochinha, porque a ingenuidade tem seu preço e, nesse caso, pode ser alto demais.

Se você não viu o filme, melhor não ler o texto de hoje, tem um monte de spoiler.

Talvez a ingênua seja eu. Pode ser que um jovem, de classe média carioca, consiga realmente se viciar sem nenhum transtorno. E como prêmio por sua honradez, passe a vender drogas pra pagar as festinhas e a diversão com os amigos. Isso, repito, sem efeito colateral algum! É possível que tubarões do tráfico sejam caras solícitos, que oferecem sua mercadoria a pessoas expansivas e fazem convites simpáticos para passear pela Europa, com trouxinhas embaixo do braço e todas as facilidades do mundo.

Incluído no pacote de boas perspectivas, há o amor, a pessoa ideal que surge inesperadamente e convive na insegurança do dia-a-dia sem maiores problemas, mesmo com quilos de droga dentro de casa, pouca infra-estrutura e pertubações de viciados na portaria do prédio. Mas nada impede a felicidade, apenas o ciúme atormenta o casal.

Acredito que aconteça do mocinho descobrir que está sendo chamado de bandido e ter a chance de provar, aos olhos da justiça, que de vilão ele não tem nem o nome. Desse modo, talvez consiga salvar seus amigos e se torne um herói.

Por fim, pode ser que alguém saia da cadeia sem máculas e que o sistema penitenciário o ajude a mudar. Sim, tudo é possível! Pois bem, o Natal tá chegando e vou escrever minha cartinha destinada ao Pólo Norte. Quem sabe ganho a casinha dos meus sonhos...

Esse mundo eu podia imaginar nos anos 80, antes dos meus vinte anos. Agora não dá mais. Mas quem sou eu pra dizer isso... Diga você: ingênuo o filme ou ingênua eu?

2 comentários:

Anônimo disse...

Depende de como você lê o filme. Para mim o que o filme conta ´pe o seguinte: era uma vez um cara tão babaca, mas tão babaca, que aconteceram diversas coisas com ele e ele nem percebeu. Comprou drogas, vendeu drogas, consumiu drogas, nem percebeu que ficava drogado. Foi preso e achou normal. Encheu o rabo de dinheiro e (com uma ajuda) gastou tudo, sem ficar excitado ao ganhar, sem ficar excitado ao torrar tudo.

Sob este aspecto, o filme captou bem o personagem.

Cintia de Sá disse...

Nesse caso, Roberto, esse babaca continua meio distraído e fazendo com que outras pessoas consumam droga — o filme.