quarta-feira, 10 de março de 2010

E a vida nos ensina...

Na semana dia Dia Internacional da Mulher, decidi escrever sobre o último filme que me tocou na questão femina: Educação. Confesso que saí do cinema meio embrulhada, desconfiada que no dia seguinte eu tivesse uma opinião melhor sobre o filme, mas naquela noite ele não me caiu bem. Sorte que eu estava com amigos, que me sinalizaram uma exigência demasiada em relação à protagonista.

Eu esperava mais dela, uma menina de 16 anos, no início da década de 60, cheia de dúvidas em relação à utilidade da educação feminina. Mesmo sendo uma aluna inteligente, a melhor de sua turma, prestes a ingressar na Universidade de Oxford. Ela não conseguia se desvencilhar do destino óbvio de todas as mulheres, que no final das contas parecia dar no mesmo lugar: marido e filhos.

Hoje as mulheres são independentes, possuem emprego, carro, casa e pagam suas contas. As coisas parecem diferentes. Elas não duvidam mais da necessidade de fazer uma graduação e construir uma carreira. Somos independentes! Ou quase... no dia-a-dia ainda lutamos por um lugar ao sol em território afetivo, vivemos num campo emocional minado e qualquer passo em falso pode detonar uma bomba que deixa a mulher em frangalhos.

Achamos óbvia a necessidade de encontrar um homem que queira dedicar a vida dele a uma família que nos inclua. Apostamos nos filhos e contruímos nosso sonho romântico. Mas os homens possuem uma mobilidade maior, conseguem sair das relações menos feridos e abdicam de boa parte da educação dos filhos, mesmo casados. Assim, as mulheres cursam uma graduação, constroem uma carreira e no final tudo vai dar no mesmo lugar: ex-marido e filhos. 

Por isso, hoje dedico esse texto às mulheres e desejo a todas nós independência afetiva.

2 comentários:

Felipe Manhães disse...

Todas essas independências resultam em um número cada vez maior de participantes do Festival Mix Brasil

Cintia de Sá disse...

Felipe, entendo que sua colocação tem mais a ver com a revolução sexual do que com a luta feminina. O número de homossexuais assumidos aumentou não em virtude da mudança do papel da mulher na sociedade, mas pela forma como encaramos o sexo atualmente.