quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

É difícil definir exatamente quantos filmes assisti em 2009, creio que foi o ano em que vi mais filmes na minha vida. Só não tenho certeza disso por causa do tempo em que eu participava de um vídeoclube universitário. Mas foram pelo menos 73 filmes, isso dá mais de um por semana.

Mesmo com essa quantidade, que pra mim é enorme, visto que não trabalho com cinema, sou apenas uma fã. Mesmo assim, não teve um filme que eu tenha sentido como fundamental na minha vida. Será que quanto mais filmes assistimos, menos somos atingidos por eles? Ou será que o ano foi fraco mesmo? Tenho dúvidas...

As maiores decepções ficaram por conta do cinema brasileiro: Budapeste e Do Começo ao Fim. O único filme nacional que realmente me encantou foi À Deriva, que eu achei muito sensível e bem feito. O documentário sobre o Simonal também valeu o ingresso.

Mas tive também uma decepção argentina, o filme A Raiva.

Dio Come Ti Amo, Bom Dia Vietnam, O Paciente Inglês e Cinema Paradiso foram os débitos que eu tinha e consegui ver em 2009. O primeiro da lista era uma dívida familiar e me surpreendeu. Desses, sem dúvida, Cinema Paradiso é o melhor.

Tiveram dois documentários que me marcaram por questões profissionais: Vogue – A edição de setembro e Annie Leibovitz – Uma vida através das lentes. Maria Antonieta, da Sofia Copola também pode entrar nessa onda. O filme é tão lindo, tão visual que não me sai da cabeça.

Isabel Coixet foi a diretora mais vista: Minha vida sem mim, Aos que amam, Coisas que nunca te disse. Até esse ano eu não tinha assistido nada dela. Gosto dos títulos e sou atraída por eles, mas não acho os filmes nada demais. Só o Aos que amam eu achei realmente bom!

Mas vamos aos que considero os melhores dos que vi esse ano:

A Criada



Close Up



A Onda


A Partida



Dúvida



À Deriva



Há tanto tempo que te amo



Abraços Partidos



Bastardos Inglórios



O banheiro do Papa



E o melhor que aconteceu na minha vida de cinéfila, foi ter conseguido implementar um projeto antigo: ir ao cinema todas as quartas com meus amigos. Não foram todas as quartas que eu consegui, muitas vezes fui sozinha, mas também encontrei muitos amigos para compartilhar o cinema. Quero agradecer a companhia agradável de todos e dizer que espero que 2010 traga novos e melhores filmes para nós!!!


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Do Começo ao Fim, um comercial de margarina!


O primeiro indício foi um humor desfavorável do Janot, valorizo a opinião dele porque costuma bater com a minha. Não gosto de ler opinião nenhuma antes de ver um filme, apenas percebo o clima da crítica,  e mesmo com a decepção do Janot, eu queria ver o filme.

Quando cheguei ao cinema, fiquei satisfeita porque a sala estava quase lotada, coisa que eu não esperava num filme brasileiro tão controverso e sem muito apoio. Depois fiquei pensando se a tal falta de apoio que foi divulgada não seria uma jogada de marketing...

Já na sala, senti falta dos heterossexuais. Não por homofobia, mas porque se não somos preconceituosos, por que heteros não assistem filmes sobre gays? Não entendo! 

Mas enfim... comercial de margarina do começo ao fim. Todos se amam desde o início, são felizes, se respeitam, aceitam as diferenças e decisões do outro. Os diálogos foram escritos através de sorteio de clichês. As cenas, também são clichês. E se você viu o trailer, já sabe a história toda. Altamente previsível, aliás, parece que 80% dos diálogos estão no trailer!

Pronto, critiquei!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O sol de cada manhã?


Primeira e única crítica: que adaptação horrorosa foi essa do título do filme no Brasil? De "O homem do tempo" para "O sol de cada manhã". Bizarro! Não podia deixar passar esse "detalhe".

Enfim... sentei diante da TV com pouco entusiasmo, apenas uma distração numa hora de muito cansaço. O que eu queria era descansar a cabeça e ver algo tranquilo. E foi bem tranquilo, mas não bobo. Faltando quinze minutos para o filme terminar eu ainda esperava que algo acontecesse, algo que eu achava coerente acontecer. E pensava: se não acontecer, o filme é uma droga! Mas, como tenho percebido na vida, a minha maneira de querer as coisas não é a única opção que funciona. O que eu esperava não aconteceu, mas fiquei surpresa e feliz com o desfecho.

O filme pra mim é uma alegoria para a forma como é vista a cultura estadunidense em relação a cultura européia, mais especificamente a inglesa. Parece senso comum um certo desprezo aos hábitos e costumes dos EUA, com sua prática mercadológica, consumista, globalizante e pop. Temos o hábito de achar que o povo deste país é alienado, mas de fato, é mesmo? Andy Warhol foi um babaca? E Thomas Jefferson? Hemingway? Buzz Aldrin? Luther King? Harriet Tubman? Bill Gates? Steve Jobs? Susan Sontag?...

É preciso rever sempre.